Impasse na negociação do dissídio do transporte metropolitano

Em assembleia realizada na noite desta segunda-feira (21), rodoviários aprovaram reajustes de salários e benefícios, mas rejeitaram proposta feita para motoristas que acumulam função de cobradores.

Durante a assembleia realizada na noite desta segunda-feira (21), na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas e Região (STTRP), a categoria aprovou os reajustes de 5,5% dos valores dos salários e dos benefícios (vale-alimentação e vale refeição) oferecidos aos trabalhadores dos setores do transporte de passageiros intermunicipal, de turismo e metropolitano. A categoria, porém, rejeitou a proposta de gratificação para os motoristas que acumulam a função de cobradores no transporte metropolitano e indicou a possibilidade de realizar uma mobilização para defender a contraproposta aprovada.

Na reunião de renegociação realizada na semana passada os representantes da empresa Santa Silvana apresentaram a proposta de aumentar a gratificação dos motoristas, que acumulam a função de cobrador para 4% do valor recebido em espécie.

A partir da rejeição, foram elaboradas duas contrapropostas que serão apresentadas nesta semana à direção da empresa. A primeira prevê como gratificação por acúmulo de função um percentual de 2% sobre o montante recebido em espécie pelo motorista que acumula função de cobrador mais R$ 370,00 a título de indenização pagos sobre o valor do vale-alimentação. A segunda contraproposta prevê a criação de um piso salarial diferenciado para os motoristas, que acumulam função com aumento de 15% sobre a remuneração atual. “Estas reivindicações estão amparadas, em similaridade, aos reajustes concedidos pelo transporte metropolitano da Grande Porto Alegre, que regula o reajuste das tarifas em Pelotas”, explica Carlos Stark, assessor jurídico do Sindicato.

O presidente do Sindicato, Claudiomiro Amaral avalia como boas as propostas gerais, relativas aos reajustes salariais e dos benefícios, porém lamenta o não reconhecimento da necessidade de uma maior compensação para os trabalhadores que exercem duas funções.

“Na realidade a proposta quando trata dos índices de reajuste foi boa, mas ficou muito desproporcional com relação ao que estão oferecendo para os motoristas, que desempenham duas funções e que ficou muito abaixo das expectativas. Então por isso estamos recusando a proposta para buscar uma melhoria para estes trabalhadores”, diz o presidente.

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