Sindicato promete parar categoria por melhorias no Terminal Guanabara

Trabalhadores sofrem com os alagamentos e o barro que toma conta do local no inverno e com a poeira no verão

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas e Região (STTRP) estiveram na sexta-feira (18) no Terminal Guanabara para mais uma visita aos trabalhadores, que sofrem a cada nova chuva com os alagamentos e o barro que toma conta do lugar por onde passam a cada dia, aproximadamente 270 motoristas e cobradores.

Um deles é o cobrador Pedrinho Froner, 56 anos, que lembra da promessa feita pela Prefeitura e pelos diretores do Consórcio do Transporte Coletivo de que a mudança para o local seria para melhorar as condições para os trabalhadores. “Dois dias antes da inauguração, em 2016, choveu e no dia da abertura a prefeita nem conseguiu chegar até aqui o fundo. Passados todos esses anos, nada mudou, segue parecendo um chiqueiro de porco de tanto barro”, diz.

Os trabalhadores reconhecem que o refeitório construído há pouco tempo foi um ganho para todos, porém a cada dia de chuva é impossível chegar ao salão sem molhar ou embarrar os pés. “O prédio ficou bom, precisamos reconhecer, mas além do barro não tem qualquer escoamento para a água da chuva, que fica totalmente parada formando lagoas. Temos que andar de calçados de borracha, caso contrário fica o dia todo com os pés enxarcados”, reclama José Nunes, 62.

E não apenas o barro e os alagamentos transtornam a vida de quem passa por ali diariamente. A noite a falta de iluminação coloca trabalhadores e passageiros em risco, enquanto no verão, a poeira escura gera desconforto e preocupação. “Isso aqui era pátio de trens que carregavam carvão e adubo e está cheio de resíduos espalhados pelo terreno e no calor levanta um pó preto, que dificulta a respiração e certamente faz mal para a saúde, enquanto no inverno é essa dificuldade de se locomover dentro do terminal, que é a base do transporte coletivo da cidade. Queremos uma posição porque a promessa era de melhoria e isso não aconteceu”, diz Edson Bandeira, 53 anos.

Paralisação à vista

Na tentativa de chamar atenção para os problemas e conseguir uma solução concreta e definitiva, a direção do Sindicato cogita promover uma paralisação.

“A categoria, nos próximos dias está disposta a parar algumas horas para ver se a gente consegue mudar essa realidade, se não for no amor, será na dor, infelizmente terá que ser assim, pois estamos há muito tempo reivindicando para a Prefeitura e o Consórcio e nada é feito”, diz o presidente Claudiomiro do Amaral.

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